terça-feira, 14 de abril de 2009

ATÉ QUANDO ?

Vejam a matéria abaixo editada no Jornal Diário do Sul da cidade de Tubarão.
Infelizmente isto é verificado em quase todas as cidades, onde se observa que as vagas destinadas a deficientes fisicos não é respeitada.
Barraquinha volta ocupar vaga de deficientes
TUBARÃO – Sem rotatividade de espaço para estacionamento e local para deficientes físicos deixarem seus automóveis. Um problema nem tão antigo volta à tona. O carrinho de lanches que ocupava a vaga de deficientes entre o Colégio São José e o Hospital Nossa Senhora da Conceição voltou a ser ocupado por uma barraquinha de lanches. Desde o meio da semana anterior o trailer repousa no local durante todo o dia, ainda que funcione apenas à noite.
As secretarias de Segurança e Trânsito e de Desenvolvimento Urbano de Tubarão já tomaram conhecimento do reincidente caso. A Área Azul, responsável pela organização e rotatividade do espaço destinado ao estacionamento de automóveis, também já está ciente do ocorrido. Os departamentos prometem agir rapidamente. Porém, quem demonstrou maior insatisfação foi a ex-comerciante, que vendia lanches no pequeno trailer e teve de sair. Um outro vendedor comercializa alimentos no mesmo espaço.
“Me pediram para sair e eu saí. Eu poderia continuar no local desde que ocupasse a vaga apenas à noite. Como não tenho um veículo para colocar e retirar a barraquinha, acatei, obedeci a lei. Mas agora tem outra pessoa, o carrinho continua lá. Será que a lei é só para mim?”, questiona a comerciante, que prefere não ser identificada. Ela diz que durante os quase três anos em que trabalhava no local pagava R$ 300 ao proprietário do trailer.
“Quando eu comecei a trabalhar no carrinho, não existia nem Área Azul. E, até então, nunca alguém me procurou para acertar a situação ou para dizer que eu precisava deixar o local”, diz a senhora. Com o dinheiro que obtinha com a venda de alimentos ela complementava a renda doméstica. “Sou mãe solteira e tenho um filho de 11 anos. Com o salário que ganho, não consigo sustentá-lo. Eu trabalhava honestamente. Quando soube que tinha outra pessoa no local e que continua tudo igual me senti prejudicada, que a pessoa que está com o carrinho hoje foi favorecida”, desabafa.
Sem placa não é notificadoTUBARÃO – Mesmo ciente de que o trailer ocupa uma vaga para deficientes durante todo o dia, o departamento responsável pela fiscalização e organização do estacionamento na área central de Tubarão diz que não pode fazer nada. Sem se identificar, a reportagem do Diário do Sul conversou com uma atendente da Área Azul e questionou sobre o trailer. “Não pode ser notificado porque não tem placa”, disse a moça.
A justificativa é a mesma da gerente da Área Azul, Jucilene Vilsen: “Pela documentação, o carrinho não é considerado um veículo, por isso não recebe aviso. Vamos conversar com o departamento de Trânsito e verificar tudo para que seja retirado”, garante. Jucilene informa que em outros tempos tentou regularizar a situação. “As atendentes já haviam passado para a gente e chegamos a procurar o proprietário para acertar. Depois que a comerciante anterior saiu, o problema parecia ter sido resolvido. Já recebemos várias reclamações daquela vaga para deficientes e vamos verificar novamente o problema”.
Um fiscal da secretaria de Desenvolvimento Urbano de Tubarão afirma que o mesmo procedimento com a ex-vendedora de lanches será adotado mais uma vez. “Ele já havia retirado o carrinho e colocava somente após às 18 horas. A secretaria vai procurar a pessoa que está no local atualmente. O trailer precisa ser recolhido”.
O secretário de Segurança e Trânsito de Tubarão, João Batista Andrade, reforça. “Tendo em vista a reincidência, vamos fazer o mesmo procedimento e pedir para recolher a barraquinha. Vou pedir para que seja feito contato com a secretaria de Desenvolvimento Urbano e que hoje mesmo (ontem) o trailer seja notificado”.

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